Checkpoint Charlie: como um cruzamento de ruas em Berlim ficou famoso durante a Guerra Fria e porque ele atrai tantos turistas hoje.
O Checkpoint Charlie é um destes lugares de Berlim que não deixa claro em um primeiro momento o que ele é e nem o que ele foi, não se tratando exatamente de um monumento em Berlim.
À primeira vista trata-se de uma esquina com centenas de visitantes e grupos com guias, com pequena estrutura no meio da rua e um painel com duas fotografias.
Deste cenário há pouco que faça lembrar efetivamente o que foi o Checkpoint Charlie durante a Guerra Fria, período no qual ele surgiu. Sendo assim, a esquina da Friedrichstrasse com a Zimmerstrasse é hoje um espaço quase fictício, mas com as informações a seguir é possível entender um pouco da história deste lugar.
PARA QUE SERVIAM OS CHECKPOINTS E “QUEM” ERA CHARLIE?
É importante lembrar que os Checkpoints eram pontos de controle de fronteira e se localizavam tanto na fronteira Berlim Oriental – Berlim Ocidental quanto entre a Alemanha Ocidental (RFA) e a Alemanha Oriental (RDA). Entre os diversos pontos de controle, três deles tinham o nome derivado do alfabeto internacional: Alpha, Bravo e Charlie.
Após a construção do Muro de Berlim em 1961, na esquina na Friedrichstrasse com a Zimmerstrasse, foi instalado o Checkpoint Charlie, que era controlado majoritariamente pelos norte-americanos – mas contou com apoio britânico e francês – e servia como um dos pontos de passagem e controle entre Berlim Ocidental e Berlim Oriental. Foi utilizado prioritariamente para diplomatas e estrangeiros.
Foi no Checkpoint Charlie neste mesmo ano de 1961 que tanques soviéticos e norte-americanos ficaram frente a frente, em um dos momentos de maior tensão da Guerra Fria. Outro momento que marcou a história do Checkpoint Charlie foi a trágica morte do jovem Peter Fechter, que ao tentar fugir passando pela estrutura do Muro, foi atingido pelos disparos dos Guardas da Fronteira da Alemanha Oriental.
O QUE VER NO CHECKPOINT CHARLIE?
Atualmente no local onde era o Checkpoint Charlie há pequena barraca no meio da rua que reproduz a barraca original utilizada pelos norte-americanos. A placa de informação de saída do setor americano também é uma reprodução idêntica às placas originais, que por muitos anos fizeram parte da paisagem urbana de Berlim.
O painel com as fotografias dos dois jovens soldados, por sua vez, é uma obra já posterior à queda do Muro: as fotos são de 1994 e foram feitos pelo artista Frank Thiel. Os retratados eram um soldado norte-americano e o outro russo, que ainda se encontravam em Berlim naquele ano, e foram posicionados de modo a olharem os antigos setores rivais.
Trata-se, portanto, de uma instalação artística que tematiza Guerra Fria em um dos locais-símbolo deste período histórico em Berlim. Tudo isso se encontra à céu aberto e pode ser visitado gratuitamente, em qualquer horário.
É possível visitar ainda no antigo local do Checkpoint Charlie o panorama do artista Yadegar Asisi, que mostra uma visão em 360 graus da Berlim dividida pelo Muro, e o Museu do Muro no Checkpoint Charlie. São duas exposições privadas. Os valores de entrada e horários de abertura podem ser conferidos nos respectivos sites oficiais.
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COMO CHEGAR AO CHECKPOINT CHARLIE:
– Metrô (U-bahn): linha U6, estações Kochstrasse (mais próxima) ou Stadtmitte;
– Ônibus (Bus): linha M29, ponto Kochstrasse/Checkpoint Charlie;
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